Terapêuticas em investigação

Substituição de proteínas

 

A terapia de substituição de proteínas tenta substituir ou aumentar a proteína que é defeituosa ou ausente nos indivíduos com EB, através de injeções localizadas, aplicações de micro-agulhas e terapia sistémica. Investigadores da Universidade do Sul da Califórnia (USC) e da Universidade de Stanford têm desenvolvido estudos promissores nesta área.

Simultaneamente, o laboratório farmacêutico Shire está a preparar a comercialização da terapia de reposição de proteínas para EB Distrófica, em colaboração com Stanford e USC.

Embora não seja uma cura, a terapia de substituição de proteínas seria um avanço considerável no tratamento, permitindo aos doentes com EB uma melhor qualidade de vida. No futuro, esta linha de investigação poderá incluir a investigação de aplicações tópicas e oculares.

 

Terapia Celular

 

A teoria por trás da terapia celular é que as células-tronco, fibroblastos ou células corrigidas por genes podem ser injetadas localmente ou sistematicamente, resultando numa expressão temporária ou permanente da proteína específica que é defeituosa nos doentes com EB.

 

Transplante de medula óssea

Num ensaio pioneiro de terapia celular, investigadores da Universidade de Minnesota realizaram transplantes de medula óssea em indivíduos com EB Distrófica Recessiva e EB Juncional, na tentativa de substituir a medula óssea do doente pela medula óssea de um doador saudável. Esta teoria sustenta que, após recuperação da intervenção, o corpo será capaz de produzir as proteínas em faltas em quantidade adequada.

 

Injeções de fibroblastos

No Kings College, Reino Unido, num ensaio clínico que está a decorrer, os investigadores conseguiram resultados iniciais promissores ao injetar fibroblastos na pele de indivíduos com EB.

 

Aplicação de células corrigidas

Instituições académicas nos Estados Unidos e empresas comerciais como a Fibrocell Science, Inc. estão a trabalhar em aplicações localizadas e sistémicas de células corrigidas por genes. Esta abordagem seria benéfica aos doentes com EB, pois permitia-lhes testar o efeito das células doadoras sem os riscos inerentes a um transplante de medula.

 

Terapia genética

 

A terapia genética consiste em desenvolver métodos que levem o gene corrigido até à celula do doente, permitindo que este gene corrigido leve a celula a produzir a proteína correta e em quantidade adequada.

 

Terapia genética localizada

 

A Universidade de Stanford tem atualmente a decorrer um ensaio clínico de uma terapia genética localizada para doentes com EB Distrófica. Neste ensaio, uma pequena secção da pele é removida de uma pessoa com EB Distrófica Recessiva, sendo posteriormente cultivada em laboratório para formar "folhas" de pele do tamanho de cartas. O gene corrigido é transportado para as células da pele cultivadas por meio de um vírus. As células cutâneas corrigidas são então capazes de produzir a proteína correta. As células de pele corrigidas por genes são enxertadas no corpo do doente e a área de pele enxertada não é afetada pela EB. Na Europa, ensaios clínicos semelhantes estão a decorrer para doentes com EB Juncional.

 

Terapia com células estaminais

 

A terapia com células estaminais é outra técnica usada para corrigir o "erro" no gene que causa EB. Nesta abordagem, as células de um doente com EB são editadas (corrigidas) e reintroduzidas no seu corpo. Uma vez corrigido, o gene deve expressar a proteína correta, permitindo que o corpo produza a proteína em falta. Sendo as células originais do próprio doente, não há risco de rejeição (como acontece num transplante de medula óssea).

Algumas formas de edição de genes são feitas sem usar um vírus como meio para chegar à célula, resultando numa abordagem mais segura.